Igreja Batista
Primeira Igreja
Batista da América, organizada em 1638.
Orientação Protestante
Fundador John Smith
Origem Países Baixos, século XVII
Número de membros Cerca de 125 milhões.
3 723 853 de
membros no Brasil (segundo o censo de 2010)
Número de igrejas 6.000 igrejas no Brasil
As Igrejas
Batistas são uma denominação protestante de origem inglesa, que surgiu na
Holanda no início do século XVII. As Igrejas batistas interpretam o batismo —
imergir em água — como uma exposição bíblica e pública de sua fé. A denominação
historicamente é ligada aos dissidentes ingleses, ou movimentos de
anticonformismo do século XVI. O movimento batista surgiu na colônia inglesa na
Holanda, num tempo de reforma religiosa intensa.1
Os batistas são
protestantes históricos. A maioria das igrejas batistas escolhem associar-se
com grupos que fornecem apoio sem controle. A maiorassociação batista é a
Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos, mas há muitas outras associações
de batistas no mundo. No Brasil, as maiores são a Convenção Batista Brasileira
e a Convenção Batista Nacional.
As Igrejas
Batistas formam uma família denominacional protestante de origem inglesa.
1 Nome
2 História
2.1 Origem
2.2 Expansão
mundial
2.3 Igrejas
Batistas no Brasil
2.4 Associações
Batistas no Brasil
2.5 Batistas em
Portugal
2.6 Batistas em
outros países de Língua Portuguesa
3 Doutrina
4 Organização
5 Ver também
6 Ligações
externas
Nome
O termo batista
vem da palavra grega (baptistés, "batista," também descrevia João o
batista), que é relacionado ao verbo (baptízo, "batizar, lavar, mergulho,
imerge"), e o baptista latino, e está em conexão direta a "o
batizado," João o batista. Como um prenome que foi usado na Europa também
como Baptiste, Jan-Baptiste, Jean-Baptiste, John Baptist. E na Holanda,
frequentemente em combinações como Jan Baptiste ou Johannes Baptiste. Foi usado
como um sobrenome. Outras variações também comumente usadas são Baptiste,
Baptista, Battiste, Battista. Anabaptistas na Inglaterra foram chamados
batistas em 1569.1
História
Origem
A história
academicamente aceita sobre a origem das Igrejas Batistas é seu surgimento como
um grupo de dissidentes ingleses no século XVII. A primeira igreja batista
nasceu quando um grupo de refugiados ingleses que foram para a Holanda em busca
da liberdade religiosa em 1608, liderados por John Smyth, um clérigo e Thomas
Helwys, um advogado, organizaram em Amsterdã, em 1609 uma igreja de doutrinas
batistas. John Smyth discordava da política e de alguns pontos da doutrina da
Igreja Anglicana da qual ele era pastor após uma aproximação com os menonitas
e, examinando a Bíblia, creu na necessidade de batizar-se com consciência e em
seguida batizou os demais fundadores da igreja, constituindo-se assim a
primeira igreja batista organizada. Até então, o batismo não era por imersão,
só os batistas particulares, por volta de 1642, adotaram oficialmente essa
prática tornando-se comum depois a todos os batistas. A primeira confissão dos
particulares, a Confissão de Londres de 1644, também foi a primeira a defender
o imersionismo no batismo.
Depois da morte
de John Smyth e da decisão de Thomas Helwys e seus seguidores de regressarem
para a Inglaterra, a igreja organizada na Holanda desfez-se e parte dos seus
membros uniram-se aos menonitas. Thomas Helwys organizou a Igreja Batista em
Spitalfields, nos arredores de Londres, em 1612. A perseguição aos batistas e a
outros dissidentes ingleses, fez com que muitos emigrassem. O mais famoso foi
John Bunyan, que escreveu sua obra-prima O Peregrino enquanto estava preso. Nos
Estados Unidos, a primeira igreja batista nasceu através de Roger Williams, que
organizou a Primeira Igreja Batista de Providence em 1639, na colônia que ele
fundou com o nome de Rhode Island, e John Clark que organizou a Igreja Batista
de Newport, também em Rhode Island em 1648. Em terras americanas os batistas
cresceram principalmente no sul, onde hoje sua principal denominação, a
Convenção Batista do Sul, conta com quase 15 milhões de membros, sendo a maior
igreja protestante dos Estados Unidos.
Igreja Batista no
interior do Estado de Nova York.
Existem ainda
outras teorias sobre a origem dos batistas, mas que são rejeitadas pela
historiografia oficial. São elas a teoria de Sucessão Apostólica, ou JJJ (João
- Jordão - Jerusalém) e a teoria anabaptista. Ambas são rejeitadas pelos
historiadores batistas Henry C. Vedder e Robert G. Torbet. A teoria de sucessão
apostólica postula que os batistas atuais descendem de João Batista e que a
igreja continuou através de uma sucessão de igrejas (ou grupos) que batizavam
apenas adultos, como os montanistas, novacianos, donatistas, paulicianos,
bogomilos, albigenses e cátaros, valdenses e anabatistas. Os batistas
landmarkistas utilizam este ponto de vista para se auto-proclamar única igreja
verdadeira.
Essa teoria
apresenta alguns problemas, como o fato que grupos como bogomilos e cátaros
seguiam doutrinas gnósticas e o gnosticismo é contrário às doutrinas batistas
de hoje. Também, alguns desses grupos que sobrevivem até o presente, igrejas
como a dos valdenses (que desde a Reforma é uma denominação Calvinista) ou dos
paulicianos, não se identificam com os batistas. A teoria anabatista é aquela
que afirma que os batistas descendem dos anabatistas, que pregaram sua mensagem
no período da Reforma Protestante.
Igreja Batista no
oeste do Canadá.
Igreja Batista na
Suécia.
O evento mais
citado para apoiar essa teoria foi o contato que John Smyth e Thomas Helwys com
os menonitas na Holanda. Todavia, além de em 1624 as cinco igrejas batistas
existentes em Londres terem publicado um anátema contra as doutrinas
anabatistas, também os anabatistas modernos rejeitam ser denominados batistas e
há pouca relação entre os dois grupos.
Ambos grupos
possuem algumas similaridades:
Crença no Batismo
adulto e voluntário;
Visão do Batismo
e da Ceia do Senhor como ordenanças;
Separação da
Igreja e Estado.
Existem contudo
algumas diferenças entre os batistas e os anabatistas modernos (por exemplo os
menonitas):
Os anabatistas
normalmente praticam o Batismo adulto por aspersão e não por imersão como os
batistas;
Os anabatistas
são pacifistas extremos e se recusam a jurar;
Os anabatistas
creem em uma doutrina semi-nestoriana sobre a Natureza de Cristo, que não
recebeu nenhuma parte humana de Maria;
Os anabatistas
enfatizam a vida comunal enquanto os batistas a liberdade individual;
Os anabatistas
recusam a participar do Estado, enquanto os batistas podem ser funcionários
públicos, prestar serviço militar, possuir cargos políticos;
Os anabatistas
creem em um estado de "sono da alma" entre a morte e a ressurreição.
Existem algumas
Associações batistas, dentre elas a Associação Batista Missionária da América -
BMAA, a Associação Batista Brasileira, a Associação Batista Missionária
Boliviana que defende escritos do autor Carrol (1972 - O rasto do sangue) que
sustenta a ideia de que os pontos doutrinários que os batistas sustentam são da
igreja primitiva, sustentado por várias igrejas dentre elas a Igreja
Pauliciana, a Igreja Menonita. a Igreja Anabatista, e posteriormente a Igreja
Batista Inglesa. Estas associações também sustentam o Manual das Igrejas
Batistas escrito pelo Dr. Cobb de 1941 publicado nos Estados Unidos da América
que ajudam essas associações a interpretar a Bíblia. O rasto do Sangue. Dr. J.
M. Carrol. Associação Batista Missionária Americana.
Expansão mundial
Igreja Batista de
Hong Kong.
Em 1791, um jovem
pastor inglês chamado William Carey criou a Sociedade de Missões no
Estrangeiro, para dar suporte no envio de missionários, sendo a Índia o
primeiro campo missionário.
As Igrejas
Congregacionais americanas enviaram Adoniram e Ana Judson em 1812, para
evangelizar a Índia, com destino a Calcutá. O casal encontrou-se com o
missionário batista William Carey e seu grupo de pastores, e aceitou a doutrina
de imersão dos batistas e foram batizados pelo Pastor William Ward. Outro
missionário congregacional, também enviado a Índia, Luther Rice tornou-se
batista. Os Judsons permaneceram na Birmânia, atual Myanmar, e Luther Rice
voltou aos Estados Unidos para mobilizar os batistas para a obra missionária.
Consequentemente
em maio de 1814, foi fundada uma Convenção em Filadélfia com o nome de
"Convenção Geral da Denominação Batista nos Estados Unidos para Missões no
Estrangeiro". Desde então missionários batistas foram enviados à América
Latina, África, Ásia e Europa.
A maior parte das
convenções e associações batistas em todo o mundo estão filiadas à Aliança
Batista Mundial, WBA, com a notável ausência da Convenção Batista do Sul
(Southern Baptist Convention, e de algumas organizações, como a Associação
Geral das Igrejas Batistas Regulares (GARBC), fundamentalista, e igrejas sem
filiação ou independentes.
Igrejas Batistas
no Brasil
Os imigrantes dos
Estados Unidos fundaram a primeira igreja batista do Brasil. Na foto a Capela
do Campo, no Cemitério do Campo em Santa Bárbara d'Oeste.
Por força da
Guerra Civil Americana de 1865, confederados do Sul dos Estados Unidos, começam
a buscar outras terras de potencial agrônomo. O Brasil foi um dos países
escolhidos. Logo, em 1867, grupos de estadunidenses que somaram mais de 50.000
pessoas desembarcam nos portos brasileiros em busca de refúgio e terra fértil,
vasta e barata. Avançando para o continente, escolhem a cidade de Santa Bárbara
d'Oeste, para adquirirem terras e fixarem residência. Entre os emigrados, a
maioria professava o protestantismo e entre esses, muitos eram batistas. Já em
1870 fizeram publicar um "Manifesto para Evangelização do Brasil."
Tal manifesto, assim que publicado contou com assinaturas de Presbiterianos,
Metodistas, Congregacionais e, por um batista, o jovem Pastor Richard
Raticliff, um dos emigrados, cuja família havia convertido através de Thomas
Jefferson Bowne nos Estados Unidos. Em 1871, Batistas emigrados dos Estados
Unidos organizam a Primeira Igreja Batista do Brasil em Santa Bárbara d'Oeste.
Anos mais tarde, em 1879, outro grupo de emigrados faz surgir a segunda Igreja
Batista em solo brasileiro em Santa Bárbara d'Oeste no bairro da Estação, onde
atualmente se localiza a cidade de Americana.
Os Batistas de
então, em Santa Bárbara d'Oeste, se unem para solicitar a Junta de Richmond,
dos Estados Unidos, o envio de missionários ao Brasil. O trabalho de
evangelização é intenso e brasileiros tornaram-se menos preconceituosos quanto
à nova doutrina. Em 1881 chegam, William Buck Bagby e Ana Luther Bagby;
Zacarias Taylor e Katarin Taylor. Os primeiros missionários são recebidos em
Santa Bárbara d'Oeste e logo filiam-se à Igreja Batista existente e começam a
estudar a língua portuguesa, tendo Antonio Teixeira de Albuquerque como
professor.
Pouco tardou para
que os dois casais de missionários, unindo-se a Antonio Teixeira de Albuquerque
rumassem para o Estado da Bahia, onde em 1882, com cartas de transferência das
igrejas em Santa Bárbara d'Oeste, organizaram a Primeira Igreja Batista de
Salvador. Em um ano aquela igreja já contava 70 membros. Salvador também
possuía uma comunidade de estadunidenses que fugiram da Guerra de Secessão.
Enquanto isto, no
Recife o missionário batista William Buck Bagby participa da conversão do
sacerdote católico, Antonio Teixeira de Albuquerque. Por causa de perseguição,
Teixeira de Albuquerque tentou refugiar-se em Maceió, sua terra natal, mas
acabou mais tarde escolhendo Capivari, no Estado de São Paulo. Vindo a conhecer
os batistas em Santa Bárbara d'Oeste, batiza-se, é ordenado pastor e ajuda a
comandar a evangelização que se iniciava entre brasileiros, franceses, ingleses
e estadunidenses.O Pastor Antonio Teixeira de Albuquerque, casado, rumou a
Maceió, onde organiza a Primeira Igreja Batista e prega para seus pais. A vida
de Teixeira de Albuquerque foi curta, vindo a falecer aos 46 anos de idade. O
Brasil não resistiu às pressões sociais e políticas, internas e externas, vendo
capitular o Império, sendo proclamada a República, em 1889. Nela a liberdade
religiosa estava consagrada na Constituição, ainda que, por enquanto, apenas no
papel.
De Salvador, os
missionários seguiram para outras capitais, plantando igrejas. De volta a São
Paulo, com outros missionários recém-chegados foram organizando outras novas
igrejas a partir de 1899 em São Paulo, Jundiaí, Santos, Campinas, São José dos
Campos. Já em 1904 eram 7 Igrejas Batistas no Estado de São Paulo. Essas, reunindo-se
em Jundiaí, organizaram em 1904 a Convenção Batista do Estado de São Paulo,
então chamada de União Baptista Paulistana. Em 1914, eclode a Primeira Guerra
Mundial, que faria ferver até 1918 toda a Europa. A Europa, destruída, vê
muitos de seus habitantes saírem em busca de novas terras. O Brasil, e,
principalmente o Estado de São Paulo, com um grande avanço na agricultura,
(café, cana de açúcar e cereais) torna-se alvo de muitos desses europeus.
Fugindo da guerra, aportam no Brasil muitos protestantes, somaram-se a eles as
dezenas de casais de missionários dos Estados Unidos que continuavam chegando.
Associações
Batistas no Brasil
A Convenção
Batista Brasileira (tradicional) foi organizada em 1907. Em 2013 possuía 6.000
igrejas organizadas, 1.200 congregações ou missões espalhadas em todo o
território nacional e mais de 1.360.000 membros, a mesma também possui vários
colégios, seminários, orfanatos, faculdades, hospitais, centros de recuperação
para usuários de drogas, todos mantidos em convênios com as convenções
estaduais e igrejas locais. Na área da educação teológico-ministerial,
atualmente são reconhecidos pela CBB: O Seminário Teológico Batista do Norte do
Brasil (o o mais antigo seminário batista da América Latina), o Seminário
Teológico Batista do Sul do Brasil, o Seminário Teológico Batista Equatorial,
Seminário Teológico Batista do Nordeste, a Faculdade Teológica Batista do
Estado de São Paulo, Faculdade Teológica e Seminário Batista Ana Wollerman e a
Faculdade Teológica Batista do Paraná. Todos oferecem cursos de graduação e
pós-graduação.
A Convenção
Batista Nacional (renovada) nasceu em 1958, quando foi aceito o batismo
pentecostal por alguns batistas em Belo Horizonte. Em 1967, o pastor Enéas
Tognini organizou a CBN, reunindo 60 igrejas. Grande parte dessas igrejas
denominam-se "Batistas Renovadas". Hoje, a CBN conta com 1.500
igrejas organizadas, 1208 congregações ou missões, e 280.000 membros espalhados
pelo Brasil (dados de 2006). A Convenção adota o pentecostalismo, mas continua
filiada à Aliança Batista Mundial.
As Igrejas
Batistas Independentes no Brasil têm a sua origem no trabalho da Missão de
Örebro, um movimento na Suécia. O missionário Erik Jansson veio em 1912 para
atender colonos suecos residentes no município de Guarani, Rio Grande do Sul,
mas mais tarde o grupo espalhou-se por outros estados. Conta com pelo menos 15
mil membros filiados à CIBI, com grande presença nos Estados do Rio Grande do
Sul, Paraná e [[São Paulo], e também são filiados à Aliança Batista Mundial.
A partir da
década de 1930 surgiram grupos de cunho mais conservador e fundamentalista,
como a Igreja Batista Conservadora fundada em Bagé, Rio Grande do Sul, que não
teve origem e nem possui ligação direta com a de mesmo nome Norte Americana,
trata-se de divisão ocorrida no início dos anos 80, onde um grupo de igrejas
oriundas da Convenção das Igrejas Batistas Independentes (CIBI), formaram a
União Conservadora Batista Independente (UCBI), e posteriormente adotou sua
atual denominação; a Igreja Batista Bíblica Nacional que organizou a Comunhão
Batista Bíblica Nacional desde 1973, com cerca de uma centena de igrejas e
congregações, a Igreja Batista Fundamentalista e a Igreja Batista Regular que
são pouco numerosos, correspondendo-se aos de sua denominação norte-americana e
canadense. Os Batistas Regulares possuem quase 700 Igrejas no país, sendo 400
ligadas à sua Associação (AIBREB) e à Associação Geral (GARBC).
Embora a
Convenção Batista Brasileira aceite as doutrinas da eleição, há igrejas
batistas que se proclamam também calvinistas, e são filiadas às diversas
convenções ou simplesmente, independentes. No Brasil, há um grupo cujo objetivo
é estreitar laços de comunhão entre seus membros, em geral filiados a igrejas
batistas reformadas: trata-se da Comunhão Reformada Batista no Brasil.
Existem também
centenas de Igrejas Batistas sem filiação, tais como a Igreja Batista da
Floresta em Belo Horizonte, Filadélfia, Calvário em Niterói, ou ainda a Igreja
Batista Missionária Central em Petrolina, todas de orientação
carismático-pentecostal, ou mesmo pequenas convenções batistas de orientação
pentecostal, com mais de 1 milhão de membros em todo o país, conforme dados do
censo do IBGE de 2010.
Em 1953, várias
Igrejas Batistas de orientação landmarkista, afiliadas à Associação Batista
Missionária da América, formaram a Associação Batista Brasileira. Atualmente
esta associação é presidida pelo Pastor Osvaldo de Andrade Freitas desde 2012.
Tabernáculo
Baptista do Porto
Batistas em
Portugal
Em Portugal os
Baptistas estão presentes desde o século XIX, quando missionários e expatriados
britânicos fundaram a igreja no país. Em 1888 o missionário inglês Joseph
Charles Jones (1848-1928) organiza uma comunidade baptista de comunhão aberta
no Porto.2 . Em 1920 já havia congregações baptistas o bastante para fundar a
Convenção Baptista Portuguesa.
Estão agrupados
na Associação das Igrejas Baptistas Portuguesas (19 igrejas); Convenção
Baptista Portuguesa (90 igrejas); Igrejas Baptistas do Carreiro (13 igrejas);
Associação das Igrejas Baptistas para o Evangelismo Mundial (AIBEM) (10
igrejas); Igrejas Baptistas Independentes (grupo pentecostal-batista de origem
sueco-brasileira, 7 igrejas) e outras congregações e igrejas.
Batistas em outros
países de Língua Portuguesa
Na África
surgiram no século XX várias igrejas batistas fundadas por missionários
britânicos, sul-africanos, norte-americanos, brasileiros e portugueses.
Em 2009/2010,
obteve os seguintes números:
Igreja Evangélica
Baptista de Angola: 300 congregações com 90.000 membros;
Convenção
Baptista de Angola: 315 congregações com cerca de 40.000 membros;
Igreja Batista
Livre em Angola: 45 congregações com 17.123 membros;
Associação
Batista de Macau: 6 congregações com 750 membros;
Convenção Batista
de Moçambique: 120 igrejas com 40.000 membros.
Doutrina
João, o Batista.
Embora não haja
uma unidade organizacional ou doutrinária entre os batistas, alguns pontos de
crença são comuns aos batistas:Crença no Batismo por imersão - assim como os
anabaptistas eles creem que o batismo seja uma ordenança para as pessoas
adultas que deve ser respeitada a menos que o indivíduo não tenha oportunidade
de ser batizado. A diferença em relação aos anabaptistas, é que os batistas
praticam o batismo por imersão.
Celebração das
ordenanças do batismo e também da ceia memorial (não-sacramental), repetindo o
gesto de Cristo e os apóstolos ("fazei isso em memória de mim")
partilhando-se o pão e o vinho entre todos os membros da Congregação.
Ordenança
distinta de sacramento para os batistas ordenança é diferente de sacramento:
deve ser obedecida, mas é apenas ato simbólico e não obrigatório para salvação.
Separação entre
Igreja e Estado - antes mesmo do Iluminismo, já havia a consciência da
separação entre Igreja e Estado entre os batistas.
Liberdade de
Consciência do Indivíduo - o crente deve escolher por sua própria consciência a
servir a Deus, e não por pressão estatal ou de Igreja Estabelecida.
Autonomia das
Igrejas locais - como os batistas originaram do Congregacionalismo, enfatizam a
autonomia total das comunidades locais, que podem agrupar-se em convenções,
associações ou uniões de Igrejas. A exceção são os Batistas Reformados, que se
originaram do Presbiterianismo e dos Batistas Episcopais, que surgiram de
missões anglicanas no Zaire.
Organização
Em termos de
organização, a maior parte das igrejas batistas operam no sistema de governo
congregacional, isto é, cada igreja batista local possui autonomia
administrativa, regida sob o regime de assembleias de caráter democrático. A
grande maioria das igrejas batistas são associadas a "convenções",
que são, na verdade, associações de igrejas batistas que procuram auxiliar umas
às outras em diversos aspectos, como jurídico, financeiro e formacional
(criação de novas igrejas). Essas associações não possuem qualquer poder
interventor nas igrejas, pois uma das características da maioria dos batistas é
a autonomia de cada igreja local.
Os batistas
tradicionalmente evitaram o sistema hierárquico episcopalista como é encontrado
na Igreja Católica Romana ou Igreja Anglicana, entre outras, como entre os
metodistas. Todavia, existem variações entre grupos batistas, como a Igreja
Episcopal Batista (de governo, obviamente, episcopal), presente em vários
países da África e a Igreja Batista Reformada, de governo presbiterial.
A maior parte das
igrejas batistas e suas associações encontra-se filiada à Aliança Batista
Mundial, fundada em 1905, reunindo mais de 47 milhões de membros em cerca de
200 países, mas împortantes organizações como a Southern Baptist Convention
(Convenção Batista do Sul dos EUA) com 16,6 milhões de membros, se desligaram
da Aliança, ou simplesmente, centenas de convenções e associações remanescem
sem filiação internacional, mas estima-se o número de batistas no mundo, em
cerca de 75 milhões de membros.
FONTE WIKIPEDIA
Em 1882, quando foi organizada a Primeira Igreja Batista, voltada para a evangelização do Brasil, já existiam duas outras igrejas batistas, organizadas por imigrantes norte-americanos, residentes na região de Santa Bárbara do D'Oeste e Americana, São Paulo.
A comissão organizadora optou pela data de 22 de junho de 1907 para organizar a Convenção, na cidade de Salvador, quando transcorreriam os primeiros 25 anos do início do trabalho batista brasileiro, também começado na referida cidade.
Lutas e Problemas
Nem tudo são flores na caminhada da obra batista do Brasil e da Convenção. Ela tem atravessado problemas administrativos sérios, ameaças de divisão, e questões doutrinárias. Porém tornou-se centro de vida batista brasileira e da motivação do trabalho realizado em todo o território nacional.
A Convenção é um fator de Convergência e de União
As igrejas se filiam à Convenção voluntariamente, aceitam sua declaração doutrinária e seu programa cooperativo e se comprometem a apoiar e trabalhar pela expansão do Reino de Deus no Brasil, no mundo.
Unidos em torno da Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, e da pregação do Evangelho, as 6.000 igrejas cooperantes ampliam seu raio de ação inclusive, pela organização de cerca de centenas de igrejas cada ano e pela evangelização de milhares de pessoas que se convertem e são batizadas.
A Convenção tem encontrado na cooperação dos pastores e leigos, homens e mulheres, na submissão ao Espírito Santo, sabedoria para organizar seus planos e aceitar os desafios da comunicação do evangelho.
A Convenção Batista Brasileira comemorou em 1997 90 anos
Os batistas brasileiros podem agradecer a Deus pela realidade que é a CBB e celebrar sua existência com alegria. Estamos celebrando aquilo que é mais forte na denominação, o espírito cooperativo, motivado e alimentado pela Convenção, que coloca diante das igrejas de forma realçada, os objetivos do serviço e da adoração a Deus. Lembrando permanentemente a missão de pregar o Evangelho até os confins da terra.
Noventa anos de histórias e de lições, que abrem caminho para o futuro de união, cooperação e de serviço para a glória de Deus.
A história nos diz que podemos, com confiança em Deus, prosseguir para o alvo pelo prêmio da soberana vocação, de continuar servindo a Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo (Fil. 3:14).
Chegar ao início do século XXI e do 3º milênio com desafios audaciosos em seu planejamento e seus realizados, como é o caso do Portal Batista, que você está visitando e que o manterá informado quanto a contribuição que ela continua dando ao povo batista e ao povo brasileiro.
A história mundial dos Batista pode ser contada
a partir de duas raízes principais:
» Das suas doutrinas;
» Do surgimento no cenário mundial com o nome Batista.
Considerando as Raízes Doutrinárias
Considerando as Raízes Doutrinárias, os Batistas saem diretamente das páginas do Novo Testamento: dos lábios e ensinos de Jesus e dos apóstolos e tem sua trajetória marcada pela oposição a toda corrupção da doutrina cristã claramente exposta no Novo Testamento.
Ao consultar a Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira você verá que as nossas doutrinas saem, com clareza límpida, das Sagradas Escrituras.
A corrupção de algumas doutrinas e práticas do cristianismo começaram a surgir muito cedo em sua história, como pode ser constatado nos escritos dos apóstolos. Esta corrupção foi se ampliando após a "conversão" do Imperador Constantino ( 306 a 337) ao cristianismo, ocorrida a partir de 312 quando incorporou a cruz ao seu estandarte e passou a favorecer os cristãos.
Muitos destes resistentes rejeitavam as inovações doutrinárias e as praticas e por isso foram perseguidos, exilados e mortos. Eles mantiveram acesas as doutrinas cristãs genuínas e possibilitaram, que através dos tempos, outros se levantassem na Idade Média como Cláudio de Turim, Pedro de Bruys e Henrique de Lausanne, Pedro Vado João Wycleffe, João Huss e muitos outros.
Com o surgimento da Reforma Protestante liderada por Martinho Lutero, e deflagrada em 31 de outubro de 1517 quando da publicação das suas famosas 95 teses, na porta do Castelo de Wittenberg, criou-se a oportunidade de que muitos grupos dissidentes intensificassem suas pregações, e entre eles os chamados Anabatistas que sustentavam muitas doutrinas que os batistas esposam e representavam o grupo mais ativo e poderoso daquele momento. O nome que lhes foi dado Anabatistas "significa os rebatizadores".
Finalmente, 1608 um grupo de refugiados ingleses que foram para a Holanda em busca da liberdade religiosa, liderados por John Smyth que era pregador e Thomas Helwys que era advogado, organizaram em Amsterdã, em 1609 uma igreja de doutrina batista, como era o sonho dos dois lideres.
John Smyth batizou-se por imersão e em seguida batizou os demais fundadores da igreja, constituindo-se assim a primeira igreja organizada, tendo como espelho as doutrinas do Novo Testamento inclusive o batismo por imersão e mediante a profissão de fé em Jesus Cristo.
Com a morte de John Smyth logo depois, e da decisão de Thomas Helwys e seus seguidores de regressarem para a Inglaterra, a igreja organizada se desfez e parte dos seus membros se uniram aos menonitas.
A Nossa História no Brasil e no Mundo
Considerando as raízes do nome batista
A história começa com a organização da Igreja em Spitalfields, nos arredores de Londres, em 1612, por Thomas Helwys e seus seguidores, já batizados na Igreja em Amsterdã. É esta Igreja, que agora inicia a linhagem de igrejas batistas que começam a crescer na Inglaterra sob severa perseguição por dissentirem da igreja oficial, a Igreja Anglicana.
A perseguição aos batistas e a outros grupos separatistas, os levou a várias partes do mundo, e em especial às colônias da América do Norte, em busca da liberdade religiosa.
Dois ilustres homens são considerados fundadores das igrejas Batistas em solo americano, Roger Williams, que organizou a Primeira Igreja Batista de Providence em 1639, na colônia que ele fundou com o nome de Rode Island, e John Clark que organizou a Igreja Batista de Newport, também em Rods Island e conhecida desde 1648. Os batista se espalharam pelas diversas colônias da América do Norte e fora influentes na formação da constituição americana de 1781.
A expansão dos Batistas no mundo.
Em 1791, um jovem pastor inglês chamado William Carey sentindo forte compaixão pelas multidões pagãs da Índia, decidiu iniciar com o apoio de vários pastores, um movimento para o envio de missionário àquelas terras. Assim foi criada a Sociedade de Missões no Estrangeiro, que tem tido uma participação muito grande na expansão da obra Batista na Ásia e África além de outros continentes e inclusive no Brasil.
Por sua vez, os Batistas Norte Americanos foram grandemente motivados a evangelizar o mundo. Um jovem casal de missionários Adoniram e Ana Judson enviados em 1812 pela Igreja Congregacional, para evangelizar a Índia, com destino a Calcutá, examinando a Bíblia, especialmente o Novo Testamento, a doutrino do batismo, já que iriam se encontrar com o missionário Batista William Carey e seu grupo de pastores, acabou por concluir que os batista estavam certos. Eles foram batizados pelo Pastor William Ward companheiro de Carey. O mesmo fato aconteceu com outro missionário Congregacional, também enviado a Índia, Luther Rice, que igualmente foi batizado, tornando-se Batista.
Eles decidiram que Adoniram Judson permaneceria no Oriente e Luther Raice voltaria aos Estados Unidos para mobilizar os Batistas para a obra missionaria. Seu trabalho vingou e em maio de 1814, foi funda uma Convenção em Filadélfia com o nome de “” Convenção Geral da Denominação Batista nos Estados Unidos para Missões no Estrangeiro”.
A partir daí, a obra missionária dos batistas iniciou um gigantesco crescimento. Chegando inclusive, através dos Batistas do Sul dos Estados Unidos, o Brasil. onde foi organizada, no dia 15 outubro de 1882, a Primeira Igreja Batista para Brasileiros em nossa terra e, deste trabalho, é que surgiu a Convenção Batista Brasileira.
Hoje os Batista estão presentes, em cerca de 200 países e representam uma população de perto de quarenta milhões de membros e atingem cerca de cem milhões de pessoas no mundo inteiro.
A
CHEGADA DA IGREJA NO BRASIL
Depois
da morte de John Smyth e da decisão de Thomas Helwys e seus seguidores de
regressarem para a Inglaterra, a igreja organizada na Holanda desfez-se e parte
dos seus membros uniram-se aos menonitas. Thomas Helwys organizou a Igreja
Batista em Spitalfields, nos arredores de Londres, em 1612. A perseguição aos
batistas e a outros dissidentes ingleses, fez com que muitos emigrassem. O mais
famoso foi John Bunyan, que escreveu sua obra-prima O Peregrino enquanto estava
preso. Nos Estados Unidos, a primeira igreja batista nasceu através de Roger
Williams, que organizou a Primeira Igreja Batista de Providence em 1639, na
colônia que ele fundou com o nome de Rhode Island, e John Clark que organizou a
Igreja Batista de Newport, também em Rhode Island em 1648. Em terras americanas
os batistas cresceram principalmente no sul, onde hoje sua principal
denominação, a Convenção Batista do Sul, conta com quase 15 milhões de membros,
sendo a maior igreja evangélica dos Estados Unidos. Em 1867, grupos de
estadunidenses que somaram mais de 50.000 pessoas desembarcam nos portos
brasileiros em busca de fértil, vasta e barata. Avançando para o continente,
escolhem a cidade de Santa Bárbara d'Oeste, para adquirirem terras e fixarem
residência. Entre os emigrados, a maioria professava o protestantismo e entre
esses, muitos eram Batistas. Já em 1870 fizeram publicar um "Manifesto
para Evangelização do Brasil." Em 1871, Batistas emigrados dos Estados
Unidos organizam a Primeira Igreja Batista do Brasil em Santa Bárbara d'Oeste.
Anos mais tarde, em 1879, outro grupo de emigrados faz surgir a segunda Igreja
Batista em solo brasileiro em Santa Bárbara d'Oeste no bairro da Estação, onde
atualmente se localiza a cidade de Americana.
A Convenção Batista Brasileira
Sua Origem
Sua Origem
Em 1882, quando foi organizada a Primeira Igreja Batista, voltada para a evangelização do Brasil, já existiam duas outras igrejas batistas, organizadas por imigrantes norte-americanos, residentes na região de Santa Bárbara do D'Oeste e Americana, São Paulo.
Os casais de missionários batistas norte-americanos, recém chegados ao
Brasil, Willian Buck Bagby e Anne Luther Bagby, os pioneiros; e Zacharias Clay
Taylor, Kate Stevens Crawford Taylor, auxiliados pelo ex-padre Antônio Texeira
de Albuquerque, batizado em Santa Bárbara D'Oeste; decidiram iniciar a sua
missão na cidade de Salvador, Bahia, com 250.000 habitantes. Ali chegaram no
dia 31 de agosto de 1882 e no dia 15 de outubro, organizaram a PIB do Brasil
com 5 membros; os dois casais de missionárias e o ex-padre Antônio Teixeira.
Este foi o início
Nos primeiros vinte e cinco (25) anos de trabalho, Bagby e Taylor auxiliados por outros missionários e, por um número crescente de brasileiros, evangelistas e pastores, já tinham organizado 83 igrejas, com aproximadamente 4.200 membros.
Organização da Convenção
Segundo José dos Reis Pereira, Salomão Ginsburg foi a primeira pessoa a pensar na organização de uma Convenção Nacional dos Batistas Brasileiros.
Este foi o início
Nos primeiros vinte e cinco (25) anos de trabalho, Bagby e Taylor auxiliados por outros missionários e, por um número crescente de brasileiros, evangelistas e pastores, já tinham organizado 83 igrejas, com aproximadamente 4.200 membros.
Organização da Convenção
Segundo José dos Reis Pereira, Salomão Ginsburg foi a primeira pessoa a pensar na organização de uma Convenção Nacional dos Batistas Brasileiros.
Mas, somente em 1907, a idéia foi concretizada. A. B. Deter, Zacharias
Taylor e Salomão Ginsburg concordaram em dar prosseguimento ao plano. Eles
conseguiram a adesão de outros missionários e de líderes brasileiros, inclusive
Francisco Fulgêncio Soren, que tinha, inicialmente, algumas reservas.
A comissão organizadora optou pela data de 22 de junho de 1907 para organizar a Convenção, na cidade de Salvador, quando transcorreriam os primeiros 25 anos do início do trabalho batista brasileiro, também começado na referida cidade.
No dia aprazado, no prédio do ALJUBE, onde funcionava a PIB de Salvador,
em sessão solene, foi realizada a primeira Assembléia da Convenção Batista
Brasileira, composta de 43 mensageiros enviados por Igrejas e organizações. A
casa estava cheia. O clima era de festa, celebrando o que Deus fizera a partir
daquele início tão pequeno!
Criada a Convenção, foi eleita sua primeira diretoria: Presidente -
Francisco Fulgêncio Soren; 1º Vice-presidente - Joaquim Fernandes Lessa - 2º
Vice-presidente - João Borges da Rocha; 1º Secretário - Teodoro Rodrigues
Teixeira; 2º Secretário - Manuel I. Sampaio; Tesoureiro - Zacharias Taylor. A
motivação básica da criação da Convenção foi missões e falava-se na
evangelização de Portugal, do Chile e da África. Foram criadas além das duas
Juntas Missionárias, Missões Nacionais e Missões Estrangeiras (hoje Missões
Mundiais) outras juntas: para a Casa Publicadora Batista, para Escola Bíblica
Dominical, para União de Mocidade Batista, para Educação e Seminário, e para a
Administração do Seminário. Ao todo 7 Juntas.
As áreas de Missões, Educação Religiosa e Publicações, Educação
Teológica e Educação, foram as que receberam maior atenção dos convencionais.
Os Batistas e as Missões
Missões locais, nacionais e mundiais empolgaram o coração do povo batista brasileiro e a obra se expandiu por todo o território pátrio e se espalhou pelo mundo, como se pode ver hoje.
Os Batistas e a Educação
A educação é uma marca visível do povo batista. Sua paixão pelo estudo da Bíblia desenvolveu o interesse pela educação religiosa, cultivada nas igrejas através das organizações de treinamento e da EBD. Os templos se tornaram verdadeiros complexos educacionais.
Os Batistas e as Missões
Missões locais, nacionais e mundiais empolgaram o coração do povo batista brasileiro e a obra se expandiu por todo o território pátrio e se espalhou pelo mundo, como se pode ver hoje.
Os Batistas e a Educação
A educação é uma marca visível do povo batista. Sua paixão pelo estudo da Bíblia desenvolveu o interesse pela educação religiosa, cultivada nas igrejas através das organizações de treinamento e da EBD. Os templos se tornaram verdadeiros complexos educacionais.
Com a Educação Religiosa veio a Educação Teológica. Inicialmente
através de aulas dadas pelos missionários em suas casas, depois surgiram os
Seminários: Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, organizado em
Recife, PE, por Salomão Ginsburg, em 1º de abril de 1902, e o Seminário
Teológico Batista do Sul, fundado pelo missionário John Watson Shepard, na
cidade do Rio de Janeiro, 1908.
A estes dois Seminários, formam agregados dezenas de outros espalhados
por todo o país, com milhares de alunos.
A Educação chamada de geral, ou secular, teve a mesma origem, o desejo
de abrir oportunidades para o estudo da juventude e, de criar uma escola com
capacidade para exercer influência sobre a sociedade brasileira.
O Colégio Taylor Egídio fundado em Salvador pela senhora Laura Taylor e
pelo Capitão Egídio Pereira de Almeida foi o primeiro a vingar.
Em 1922 ele foi transferido para a cidade de Jaguaquara, onde existe até
hoje. (4)
Depois dele, e por causa dele, vieram o Colégio Batista Brasileiro de
São Paulo; Colégio Americano Batista do Recife; Instituto
Batista Industrial em Corrente, Piauí; Colégio Americano, em Vitória; Colégio
Batista Shepard no Rio de Janeiro; Colégio Batista Alagoano em
Alagoas; Colégio Batista Fluminense em Campos, RJ; Colégio Batista
Mineiro, em Belo Horizonte. Além destes Colégios dezenas de outros foram
organizados com a ajuda dos missionários ou por iniciativa de igrejas,
Convenções estaduais e de particulares batistas. A contribuição dos
batistas na área educacional é realmente notável, considerando tanto a
qualidade quanto a quantidade. Hoje, perto de dois milhões de brasileiros, já
passaram pelas escolas batistas.
Lutas e Problemas
Nem tudo são flores na caminhada da obra batista do Brasil e da Convenção. Ela tem atravessado problemas administrativos sérios, ameaças de divisão, e questões doutrinárias. Porém tornou-se centro de vida batista brasileira e da motivação do trabalho realizado em todo o território nacional.
A Convenção é um fator de Convergência e de União
As igrejas se filiam à Convenção voluntariamente, aceitam sua declaração doutrinária e seu programa cooperativo e se comprometem a apoiar e trabalhar pela expansão do Reino de Deus no Brasil, no mundo.
Unidos em torno da Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, e da pregação do Evangelho, as 6.000 igrejas cooperantes ampliam seu raio de ação inclusive, pela organização de cerca de centenas de igrejas cada ano e pela evangelização de milhares de pessoas que se convertem e são batizadas.
A Convenção tem encontrado na cooperação dos pastores e leigos, homens e mulheres, na submissão ao Espírito Santo, sabedoria para organizar seus planos e aceitar os desafios da comunicação do evangelho.
A Convenção Batista Brasileira comemorou em 1997 90 anos
Os batistas brasileiros podem agradecer a Deus pela realidade que é a CBB e celebrar sua existência com alegria. Estamos celebrando aquilo que é mais forte na denominação, o espírito cooperativo, motivado e alimentado pela Convenção, que coloca diante das igrejas de forma realçada, os objetivos do serviço e da adoração a Deus. Lembrando permanentemente a missão de pregar o Evangelho até os confins da terra.
Noventa anos de histórias e de lições, que abrem caminho para o futuro de união, cooperação e de serviço para a glória de Deus.
A história nos diz que podemos, com confiança em Deus, prosseguir para o alvo pelo prêmio da soberana vocação, de continuar servindo a Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo (Fil. 3:14).
Chegar ao início do século XXI e do 3º milênio com desafios audaciosos em seu planejamento e seus realizados, como é o caso do Portal Batista, que você está visitando e que o manterá informado quanto a contribuição que ela continua dando ao povo batista e ao povo brasileiro.
A história mundial dos Batista pode ser contada
a partir de duas raízes principais:
» Das suas doutrinas;
» Do surgimento no cenário mundial com o nome Batista.
Considerando as Raízes Doutrinárias
Considerando as Raízes Doutrinárias, os Batistas saem diretamente das páginas do Novo Testamento: dos lábios e ensinos de Jesus e dos apóstolos e tem sua trajetória marcada pela oposição a toda corrupção da doutrina cristã claramente exposta no Novo Testamento.
Ao consultar a Declaração Doutrinária da Convenção Batista Brasileira você verá que as nossas doutrinas saem, com clareza límpida, das Sagradas Escrituras.
A corrupção de algumas doutrinas e práticas do cristianismo começaram a surgir muito cedo em sua história, como pode ser constatado nos escritos dos apóstolos. Esta corrupção foi se ampliando após a "conversão" do Imperador Constantino ( 306 a 337) ao cristianismo, ocorrida a partir de 312 quando incorporou a cruz ao seu estandarte e passou a favorecer os cristãos.
Muitos destes resistentes rejeitavam as inovações doutrinárias e as praticas e por isso foram perseguidos, exilados e mortos. Eles mantiveram acesas as doutrinas cristãs genuínas e possibilitaram, que através dos tempos, outros se levantassem na Idade Média como Cláudio de Turim, Pedro de Bruys e Henrique de Lausanne, Pedro Vado João Wycleffe, João Huss e muitos outros.
Com o surgimento da Reforma Protestante liderada por Martinho Lutero, e deflagrada em 31 de outubro de 1517 quando da publicação das suas famosas 95 teses, na porta do Castelo de Wittenberg, criou-se a oportunidade de que muitos grupos dissidentes intensificassem suas pregações, e entre eles os chamados Anabatistas que sustentavam muitas doutrinas que os batistas esposam e representavam o grupo mais ativo e poderoso daquele momento. O nome que lhes foi dado Anabatistas "significa os rebatizadores".
Finalmente, 1608 um grupo de refugiados ingleses que foram para a Holanda em busca da liberdade religiosa, liderados por John Smyth que era pregador e Thomas Helwys que era advogado, organizaram em Amsterdã, em 1609 uma igreja de doutrina batista, como era o sonho dos dois lideres.
John Smyth batizou-se por imersão e em seguida batizou os demais fundadores da igreja, constituindo-se assim a primeira igreja organizada, tendo como espelho as doutrinas do Novo Testamento inclusive o batismo por imersão e mediante a profissão de fé em Jesus Cristo.
Com a morte de John Smyth logo depois, e da decisão de Thomas Helwys e seus seguidores de regressarem para a Inglaterra, a igreja organizada se desfez e parte dos seus membros se uniram aos menonitas.
A Nossa História no Brasil e no Mundo
Considerando as raízes do nome batista
A história começa com a organização da Igreja em Spitalfields, nos arredores de Londres, em 1612, por Thomas Helwys e seus seguidores, já batizados na Igreja em Amsterdã. É esta Igreja, que agora inicia a linhagem de igrejas batistas que começam a crescer na Inglaterra sob severa perseguição por dissentirem da igreja oficial, a Igreja Anglicana.
A perseguição aos batistas e a outros grupos separatistas, os levou a várias partes do mundo, e em especial às colônias da América do Norte, em busca da liberdade religiosa.
Dois ilustres homens são considerados fundadores das igrejas Batistas em solo americano, Roger Williams, que organizou a Primeira Igreja Batista de Providence em 1639, na colônia que ele fundou com o nome de Rode Island, e John Clark que organizou a Igreja Batista de Newport, também em Rods Island e conhecida desde 1648. Os batista se espalharam pelas diversas colônias da América do Norte e fora influentes na formação da constituição americana de 1781.
A expansão dos Batistas no mundo.
Em 1791, um jovem pastor inglês chamado William Carey sentindo forte compaixão pelas multidões pagãs da Índia, decidiu iniciar com o apoio de vários pastores, um movimento para o envio de missionário àquelas terras. Assim foi criada a Sociedade de Missões no Estrangeiro, que tem tido uma participação muito grande na expansão da obra Batista na Ásia e África além de outros continentes e inclusive no Brasil.
Por sua vez, os Batistas Norte Americanos foram grandemente motivados a evangelizar o mundo. Um jovem casal de missionários Adoniram e Ana Judson enviados em 1812 pela Igreja Congregacional, para evangelizar a Índia, com destino a Calcutá, examinando a Bíblia, especialmente o Novo Testamento, a doutrino do batismo, já que iriam se encontrar com o missionário Batista William Carey e seu grupo de pastores, acabou por concluir que os batista estavam certos. Eles foram batizados pelo Pastor William Ward companheiro de Carey. O mesmo fato aconteceu com outro missionário Congregacional, também enviado a Índia, Luther Rice, que igualmente foi batizado, tornando-se Batista.
Eles decidiram que Adoniram Judson permaneceria no Oriente e Luther Raice voltaria aos Estados Unidos para mobilizar os Batistas para a obra missionaria. Seu trabalho vingou e em maio de 1814, foi funda uma Convenção em Filadélfia com o nome de “” Convenção Geral da Denominação Batista nos Estados Unidos para Missões no Estrangeiro”.
A partir daí, a obra missionária dos batistas iniciou um gigantesco crescimento. Chegando inclusive, através dos Batistas do Sul dos Estados Unidos, o Brasil. onde foi organizada, no dia 15 outubro de 1882, a Primeira Igreja Batista para Brasileiros em nossa terra e, deste trabalho, é que surgiu a Convenção Batista Brasileira.
Hoje os Batista estão presentes, em cerca de 200 países e representam uma população de perto de quarenta milhões de membros e atingem cerca de cem milhões de pessoas no mundo inteiro.
fonte portal batista
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