Historia da Igreja
Assembléia de Deus Ministerio Madureira no Brasil
Muitos fatos marcam a
construção do templo da Assembléia de Deus de Madureira, entretanto, outros
ainda não foram revelados. Os motivos são vários, vão desde o acúmulo de
informações às dificuldades de manter contato com os veteranos que participaram
da construção da Catedral de Madureira. Grande parte desses irmãos e irmãs, que
se dedicaram à construção, já dorme no Senhor, mas foi possível reunir
importantes informações através do diálogo com antigos obreiros que
contribuíram na elaboração deste capítulo.
Lançamento da Pedra
Fundamental – A construção do grande templo da Assembléia de Deus em Madureira
foi iniciada graças a uma generosa oferta levantada no dia do lançamento da
Pedra Fundamental. Deus estava dando mostra de que supriria todas as
necessidades. Confiante na promessa de Deus, o pastor Paulo Leivas Macalão e
demais obreiros não pouparam esforços para ver um grande sonho se tornar
realidade: a construção do templo. Uma marca vital entre àqueles que haviam se
comprometido em levar a obra adiante era a alegria. O espírito feliz removia a
aspereza do ato de dar daqueles irmãos, pois sabiam que a atitude positiva
transforma o sacrifício em prazer e que quando há alegria interior, nenhum
desafio parece grande demais. Antes de iniciar a obra, o pastor Paulo Leivas
Macalão considerava fundamental desenvolver uma boa equipe. Sua idéia principal
sobre liderança é simplificada nestes termos: “Encontre pessoas de ação, que se
tornarão realizadoras em seus campos de atividade... pessoas em quem você pode
confiar. Em seguida, envelheçam juntos”.
Com o ânimo elevado, o
povo transformou as dificuldades em significativos momentos de alegria. Eles
diziam: “Vamos contribuir para a obra do Senhor como nunca o fizemos antes”. De
fato, eles aprenderam que quando o coração é reto os pés são rápidos. Diante de
tamanha determinação e alegria, a palavra “sacrifício” havia se transformado em
sinônimo de “prazer”. Quem não se lembra das palavras do rei Davi, depois que
Araúna lhe ofereceu uma de suas propriedades gratuitamente. Pelo que Davi lhe
respondeu: “Não, antes quero comprá-la pelo preço devido. Não oferecerei ao
Senhor meu Deus holocausto que não me custem nada” (2 Sm 24.24). Conhecedor
deste fato, o pastor Paulo Leivas Macalão entendia que um ministério que nada
custa, não glorifica a Deus”.
Uma Atitude de Fé e
Ousadia - Se as dificuldades financeiras são deploráveis hoje para milhares de
brasileiros, imagine como era a situação sócio-econômica do nosso país há 50
anos. Foi numa época marcada pela recessão econômica, quando o Brasil sofria
ainda os efeitos da Segunda Guerra Mundial, que o pastor Paulo Leivas Macalão
lançou o projeto de construção de um dos mais belos templos de nossa nação.
Dificuldades no
Acabamento da Obra
Muito embora o templo já
tivesse sido erguido, faltava-lhe pôr ainda os vidros nas diversas janelas
espalhadas por todo o santuário. Quem conhece o belo templo de Madureira sabe
que tais janelas se constituem num dos principais objetos de sua arquitetura.
São vitrais enormes com vidros coloridos, dispostos com inigualável beleza e
simetria. No entanto, faltando poucos meses para a inauguração, aumentava a preocupação
do pastor Paulo Leivas Macalão com a falta de recursos financeiros para a
compra e colocação desses vidros. O projeto arquitetônico incluía a contratação
de um vidraceiro francês. Contudo, a realidade econômica da igreja não permitia
sequer a contratação de uma empresa brasileira para fazer o serviço. Ele então
intensificou a campanha, pedindo que os membros e obreiros cooperassem com mais
liberalidade para o acabamento da obra. Muitos irmãos e irmãs, que eram simples
trabalhadores e lavadeiras de roupas, “em meio às muitas provas e tribulações,
manifestaram abundância de alegria, e a profunda pobreza deles superabundou em
grande riqueza da sua generosidade” (2 Co 8.2). Mas, apesar da generosidade
desses queridos irmãos, o orçamento era ainda um grande desafio, pelo que Deus
levantou dentre os próprios fiéis alguém que pudesse colocar, gratuitamente, os
vidros do templo. Coube ao irmão José Gualiato essa nobre e ardorosa
empreitada. Ele nada exigiu, exceto o amor e as orações dos santos. Como não bastasse,
o mesmo trabalhava na antiga Casa Garibalde, uma conhecida vidraçaria
localizada no centro do Rio de Janeiro, na Rua da Conceição, nº 160.
Após o expediente, ele
partia alegremente da empresa rumo ao templo de Madureira para a colocação dos
vidros. Trabalhava todos os dias colocando vidros, das 18h às 23h,
aproximadamente.
Hoje, aos 86 anos de
idade, o pastor José Gualiato lembra que ao falar das dificuldades financeiras
de sua igreja ao patrão, pediu a este que viabilizasse todo material necessário
e parcelasse o valor do material em suaves prestações. Seu pedido, graças a
Deus, foi prontamente atendido.
A Escada do Corpo de
Bombeiros
Uma clara demonstração da
providência divina foi à escada do Corpo de Bombeiros, cedida pelo Comandante
do Batalhão da região. Para a colocação dos vidros, eram necessários vários
andaimes, sem contar o esforço que era feito para montá-lo, desmontá-lo e
reutilizá-lo. Todavia, Deus, que é “poderoso para fazer tudo muito mais
abundantemente além do que pedimos ou pensamos” (Ef 3.20), providenciou a
escada, tornando o serviço mais ágil e prático. Mais uma vez, o Senhor estava
demonstrando ser o Deus da Provisão.
Como não bastasse, o
Senhor continuou favorecendo a construção do templo, pois, na maioria das
vezes, o vidraceiro quase sempre iniciava sua atividade à noite. No início, a
luminosidade do templo era precária, o que dificultava seu trabalho. Como se
sabe, o templo fica em frente de uma ferrovia próxima a estação de Madureira.
Todos os dias, ao entardecer, um trem de carga parava durante horas com os
faróis voltados para o santuário. Não havia dúvida de que esta era mais uma
providência divina. Isto era tudo que o vidraceiro queria, pois assim, poderia
terminar suas tarefas com redobrado cuidado e maestria.
Superando Crises e
Provações
Numa ocasião em que o
mover do Espírito Santo estava produzindo um grande avivamento, começaram
também a vir lutas e provações. No entanto, o pastor Paulo Leivas Macalão
sempre soube superar as crises com fé e oração. Sua determinação férrea sempre
o ajudou a superar as circunstâncias adversas. Nos momentos difíceis de sua
vida, assim dizia: “Não importa quão grande seja a pressão. O que importa, na
verdade, é saber lidar com ela. Sei, com certeza, que os problemas não
diminuirão, mas a minha capacidade de resolvê-los é que aumentará”.
As pressões sobre sua
vida e ministério não o deixavam deprimido, pois através da oração, encontrava
forças para superá-las com sabedoria. Tirava o fardo de suas costas e
entregava-o a Deus. Ele transformava as pressões em momento de tranqüila
devoção.
O reverendo Isaías de
Souza Maciel, presidente da OMEB (Ordem dos Ministros Evangélicos do Brasil)
sempre manteve um relacionamento amistoso com o pastor Paulo Leivas Macalão.
Ele acompanhou de perto a construção do Templo e testemunhou fatos que muitos
só passaram a conhecer depois que foram divulgados. Ele, no entanto, teve o
privilégio de participar de cultos quando o Templo ainda não havia sido
erguido. Como amigo íntimo do pastor Paulo Leivas Macalão, freqüentou sua
residência e participou de reuniões de obreiros dirigidas pelo mesmo. Durante
todo o desenvolvimento da obra, ali estava o reverendo Isaías de Souza Maciel
presenciando, in loco, cada nova etapa da construção. Por isto, ele foi
solicitado para relatar, nesta publicação, alguns fatos que marcaram a
construção do exuberante Templo Matriz das Assembléias de Deus no Brasil -
Ministério de Madureira. O texto a seguir é de sua autoria e foi publicado na
íntegra:
Foi no dia 14 de março de
1948 que Deus concedeu ao seu servo, pastor Paulo Leivas Macalão, e ao grande
rebanho que ele liderava, a alegria de lançar a pedra fundamental do futuro
templo da Assembléia de Deus de Madureira. Aquela majestosa Casa de Oração, que
se tornaria um marco de bom gosto, beleza e funcionalidade entre as igrejas
evangélicas do Brasil, foi surgindo pouco a pouco no terreno comprado com muita
dificuldade na Rua Carolina Machado, número 174.
Naquela época o povo de
Deus não dispunha dos recursos de que dispõe hoje. Para que a construção se
iniciasse foi necessário que os irmãos doassem suas pequenas economias. Outros
ofertaram objetos que foram vendidos e o dinheiro imediatamente transformado em
cimento, cal, madeira, pedra, areia e ferro. Paredes, colunas e a grande torre
começaram a se erguer diante dos olhos atônitos e maravilhados dos que passavam
na Rua Carolina Machado, como testemunho do que Deus pode fazer em resposta às
orações e à união de um povo que o adora e serve com dedicação e fidelidade.
No decorrer daquelas
obras, por diversas vezes Deus interferiu com milagres. Não havia água no
terreno. Vários poços foram cavados, mas a água não jorrou. Porém, quando os
irmãos resolveram orar pedindo a Deus água, uma fonte jorrou impetuosamente no
porão da igreja, e as obras foram supridas com água em abundância.
Um inspirado biógrafo do
pastor Paulo Macalão escreveu sobre aquele período de intensa atividade de
construção do belíssimo templo: “Quem tivesse olhos espirituais para contemplar
o espaço celeste que separava aqueles irmãos das santas moradas de Deus,
certamente veria o grande número de anjos que subiam e desciam, ocupados em
levar ao trono da Graça as orações daquela multidão que confiadamente suplicava
a Deus pela conclusão daquele obra.
No dia 1º de maio de
1953, o templo foi inaugurado. Uma multidão de quase oito mil pessoas reuniu-se
ali para louvar ao Deus que lhes deu aquele suntuoso templo adornado de
magníficos vitrais, de possantes colunas, de sublimes ramalhetes de flores
pintados no teto, de bancos e portas fabricados com madeira de lei. O Senhor se
fez sentir em todo o amplo espaço da nave, em todo o seu esplendor e plenitude.
Durante as festividades
de inauguração muitas autoridades civis e militares, se fizeram presentes.
Enquanto o Hino Nacional era executado, a fita simbólica foi desatada pelo
representante do Presidente da República, e o pastor Paulo Macalão e a irmã
Zélia, seguidos das autoridades convidadas e dos demais pastores do ministério
local e pastores convidados entraram naquela magnífica casa de oração, que foi
construída na terra, mas podemos dizer que tem suas janelas e portas
espirituais abertas para o céu.
Para acrescentar mais
detalhes descritivos desse magnífico templo, recorro outra vez às palavras do
citado biógrafo do pastor Paulo Macalão: “Seu interior, em estilo gótico, é
cheio de uma certa majestade que faz interiorizarem-se os sentimentos, levando
o coração e o espírito a adorarem a Deus. À noite, o amplo espaço da nave é
invadido por uma suave luminosidade. Numa sucessão de curvas graciosas, arcos
góticos, colunas entremeadas de ramagens floridas, cúpulas e pórticos de linhas
dóceis, terminadas em curvas entrelaçadas de flores de gesso, a beleza surge
espontaneamente diante dos olhos de quem se detiver a contemplar aquele templo
do Senhor. A tonalidade suave das paredes, a largueza e amplitude do teto
coroado de ramalhetes de flores artisticamente pintados, contribuem para que as
diminutas lâmpadas, ocultas sob os frisos que se salientam em meia-parede
produzam, em vários pontos, um bordado luminoso de várias cores. Porém, a
majestade de Cristo e o esplendor de sua presença é o que se busca ali, na
súplica e no louvor do seu santo nome”.
Que o templo-sede da
Assembléia de Deus de Madureira continue a ser essa coluna de Deus na cidade do
Rio de Janeiro, esse farol que há cinqüenta anos vem iluminando e orientando a
navegação espiritual de milhares de almas no escuro e perigoso mar desta vida.
Hoje, este templo que
abriga a Sede Nacional do Ministério de Madureira, tendo como presidente da
Convenção Estadual o pastor Abner Ferreira, que também preside o grande rebanho
do Senhor, tem como Presidente Nacional do Ministério de Madureira o bispo
Manoel Ferreira. Ele é líder nacional e mundial do evangelismo na Seara do
Senhor.
fonte www.ad-madureirascc.blogspot.com
vejam nais www.estudarhistoriadaigreja.blogspot.com
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