HISTORIA GERAL DAS DENOMINAÇÕES
Denominação (ou Confissão) Cristã é uma
organização religiosa que funciona com um nome, uma estrutura e (ou) uma
doutrina comuns.
Denominacionalismo é o ponto de vista segundo
o qual alguns ou todos os grupos cristãos são, em algum sentido, versões da
mesma coisa, apesar de suas características distintivas. Nem todas as
denominações ensinam isto: a grande maioria dos cristãos pertence a Igrejas que,
embora aceitem a validade parcial de outros grupos, entendem a multiplicação de
vertentes como um problema que deve ser sanado. Há também alguns grupos que são
vistos como apóstatas ou heréticos por praticamente todos os outros. Todavia,
quando há denominações e cristãos que confessam o denominacionalismo universal
no qual há ecletismo e sincretismo de crenças, doutrinas e dogmas, tal prática
(combatida por diversos cristãos e defendida por outros) recebe o nome de
Ecumenismo.
As divisões mais básicas no Cristianismo
contemporâneo ocorrem entre o Igreja Católica Romana, a Igreja Católica
Ortodoxa e as várias denominações formadas durante e depois da Reforma
Protestante. As maiores diferenças entre Ortodoxia e Catolicismo são culturais
e hierárquicas, enquanto as denominações Protestantes apresentam diferenças
teológicas mais acentuadas para com as duas primeiras, bem como grande
diversificação doutrinária entre suas vertentes.
As comparações entre grupos denominacionais
devem ser feitas com cautela. Em alguns grupos, por exemplo, congregações são
parte de uma organização eclesiástica monolítica, enquanto que, em outros
grupos, cada congregação é uma organização autônoma independente. Comparações
numéricas também são problemáticas. Alguns grupos contam como membros tanto os
adultos batizados quanto os filhos batizados dos fiéis, enquanto outros somente
contabilizam os fiéis adultos.
Divisões históricas
Algumas denominações ou grupos semi-cristãos
do passado não existem hoje. É o caso, por exemplo, dos gnósticos (que
sustentavam um modelo dualista), os ebionitas (que negavam a divindade de
Cristo), os apolinarianos (defendiam que Jesus teria corpo humano e mente
divina), os montanistas (que pregavam uma nova revelação concedida a eles) e os
arianos (que acreditavam que Jesus foi um ser criado ao invés de coeterno com
Deus Pai, e que, durante um período, foram mais numerosos na igreja
institucional que os não-arianos). Muitos desses grupos primitivos, hoje
considerados heréticos, se extinguiram por falta de seguidores ou, de uma forma
geral, por supressão por parte da Igreja, que em seus primeiros séculos passou
por um grande esforço de unificação e definição do que seria ou não doutrina cristã.
Apesar desse movimento, representado
especialmente pelos primeiros concílios ecumênicos, foram se aprofundando
algumas diferenças entre as tradições oriental e ocidental. Elas derivaram
inicialmente das divisões lingüísticas e sócio-culturais entre o Império Romano
do Ocidente e o Bizantino. Em virtude do Ocidente (ou seja, a Europa) usar o
latim como sua língua franca e o Oriente (o Oriente Médio, a Ásia e no norte da
África) usarem o grego koine para transmitir seus escritos, os desenvolvimentos
teológicos tornaram-se de difícil tradução de um ramo para o outro.
A primeira rotura significativa e duradoura no
Cristianismo histórico sucedeu com a Igreja Assíria do Oriente, após a
controvérsia cristológica sobre o nestorianismo em 431 (entretanto, os assírios
assinaram uma declaração cristológica de fé em comum com a Igreja católica em
1994). Hoje as Igrejas Católica e Assíria vêem este cisma como um problema
basicamente lingüístico, devido a problemas na tradução de termos muito
delicados e precisos do latim para o aramaico e vice-versa (veja Concílio de
Éfeso). Depois do Concílio de Calcedônia, em 451, a seguinte grande divisão
ocorreu com as Igrejas Síria e Alexandrina (egípcia ou copta), que se separaram
em virtude de suas características monofisitas (entretanto, o patricarca sírio
Ignatius Zakka I Iwas e o papa João Paulo II assinaram, também, uma declaração
cristológica de fé). Estas igrejas monofisistas são conhecidas como Igrejas
não-Calcedonianas (a Ortodoxia Oriental), diferenciando-se da Igreja Ortodoxa
por aceitarem apenas os três primeiros concílios ecumênicos.
Embora a Igreja como um todo não tenha
experimentado maiores divisões nos séculos seguintes, os grupos oriental e
ocidental chegaram até ao ponto em que os Patriarcas de ambas as famílias se excomungaram
mutuamente em 1054, no que ficou conhecido como o Grande Cisma. As razões
políticas e teológicas para o cisma são complexas mas o ponto mais controverso
foi a questão da primazia papal: o Ocidente insistia em que o Patriarca de Roma
mantinha uma posição especial de autoridade sobre os outros patriarcas (em
Alexandria, Antioquia, Constantinopla e Jerusalém), enquanto que o Oriente
sustentava que todos os patriarcas eram co-iguais, não tendo qualquer
autoridade especial sobre outras jurisdições. Cada igreja considera a outra
como a catalisadora da divisão e foi somente no papado de João Paulo II que se
fizeram reformas significativas para melhorar a relação entre as duas.
No Cristianismo ocidental houve uma série de
movimentos geograficamente isolados que precederam o espírito da Reforma
protestante. Na Itália, no século XII, Pedro Valdo fundou o grupo dos
Valdenses. Tal movimento foi largamente absorvido por grupos protestantes
modernos. Na Boémia, uma região ortodoxa, os Estados Pontifícios (na época, um
estado muito mais poderoso do que a Santa Sé atual) tomaram a região e
converteram-na à fé católica. Um movimento iniciado no princípio do século XIV
por John Huss (os Hussitas) desafiou o dogma católico, permanecendo até hoje
(mais tarde, iriam dar origem aos Morávios).
Um movimento independente, que, anos depois,
viria a alinhar-se com a Reforma, foi deflagrado quando o rei Henrique VIII de
Inglaterra declarou-se como cabeça da Igreja da Inglaterra, com o Ato de
supremacia em 1534, fundando o Anglicanismo como um ramo separado da fé cristã.
Um cisma enorme derivou-se, não
intencionalmente, pela postagem das 95 teses por Martinho Lutero, em
Wittenberg, em 31 de Outubro de 1517. Escritos inicialmente como uma série de
reclamações a fim de estimular a Igreja católica a reformar-se por si mesma,
muito mais do que iniciar uma nova seita, os textos de Lutero, combinados com a
obra do teólogo suíço Ulrico Zuínglio e do teólogo francês João Calvino,
levaram a uma fissura no cristianismo europeu que criou o que é, hoje em dia, o
segundo maior ramo do Cristianismo depois do próprio Catolicismo: o
Protestantismo.
Distintamente dos outros ramos (Catolicismo,
Ortodoxia, os Orientais "monofisitas", os Assírios e os Anglicanos),
o Protestantismo é um movimento geral que não tem uma estrutura governamental
interna. Desta forma, diversos grupos, como Luteranos, Presbiterianos,
Congregacionais, Anabatistas, Metodistas, Batistas, Adventistas, Pentecostais,
e, possivelmente, os Restauracionistas, (dependendo do esquema de classificação
que for utilizado) são todos parte de uma mesma família.
Os mais importantes Ramos do Cristianismo
r
Restauracionismo Anabaptistas Protestantismo Anglicanismo
(Ritos
orientais)Igreja Católica Ortodoxa Igrejas não-calcedonianas Nestorianismo
(Inclui a Igreja Assíria do Oriente e Antiga
Igreja do Oriente)Reforma Protestante(século XVI)Cisma do Oriente(século
XI)Concílio de Éfeso 431Concílio de Calcedónia 451Cristianismo Primitivo"União"
Modelos de classificação
Apesar de, no passado, a grande maioria dos
cristãos terem permanecido por séculos unidos na mesma Igreja, alguns defendem
que o cristianismo jamais foi uma fé monolítica. De qualquer forma, hoje essa
variedade de grupos existe, apesar deles compartilharem uma história e uma
tradição comuns. O cristianismo é, atualmente, a maior religião do mundo
(somando aproximadamente um terço de sua população). Isso torna pertinente o
estudo comparativo das suas várias tradições, no que diz respeito à tradição em
si, à teologia, ao governo eclesiástico, doutrinas, formas de linguagem, etc.
A primeira divisão, na maioria dos modelos de
classificação, ocorre entre as famílias do cristianismo oriental e ocidental.
Dentro destas duas famílias principais encontramos os ramos distintos do
cristianismo. Podemos organizá-los em seis grupos (por ordem de decrescente de
número de fiéis): Catolicismo, Protestantismo, Ortodoxia, Anglicanismo, Igrejas
não-Calcedonianas (que seguem o "Monofisitismo", como a Igreja
Armênia e a Igreja Copta, por exemplo) e "Nestorianismo"
(especificamente, a Igreja Assíria do Oriente).
Depois destes grandes ramos, vêm as famílias
denominacionais. Em algumas tradições, tais famílias são definidas com precisão
(como as igrejas autocéfalas nos ramos Ortodoxos). Em outras, esta precisão se
perde em função da existência de grupos ideológicos que se sobrepõem (este é
especialmente o caso do protestantismo, que inclui Anabatistas, Batistas, Congregacionais,
Pentecostais, Luteranos, Metodistas, Presbiterianos, Igrejas Reformadas, e
outros, possivelmente, dependendo da orientação do responsável pela
classificação). Há, também, denominações que, no Ocidente, têm uma completa
independência para estabelecer sua doutrina (por exemplo, as igrejas nacionais
na Comunhão anglicana ou a Igreja Luterana - Sínodo de Missouri no
luteranismo). Neste ponto, torna-se mais difícil aplicar a classificação às
igrejas orientais e as católicas em virtude da rigidez de suas estruturas
hierárquicas. Unidades mais precisas depois das denominações incluem certos
tipos de concílios regionais, congregações individuais e corpos eclesiásticos.
Grupos ocidentais
Praça de São Pedro, no Vaticano: grande
símbolo católico.
O catolicismo e o protestantismo são as duas
maiores divisões do Cristianismo no mundo ocidental, incluindo o anglicanismo
como parte do último grupo. O anglicanismo é geralmente classificado como
protestante, mas desde o movimento de Oxford, no século XIX, liderado por John
Henry Newman, os escritores anglicanos enfatizam uma compreensão mais católica
da Igreja e caracterizam-na como melhor entendida em sua própria tradição – uma
via media, protestante e católica ao mesmo tempo.
Um elemento central da tradição católica é a
sua adesão literal ao princípio de sucessão apostólica. Apóstolo significa
“aquele que é enviado”. Segundo o conceito católico, Jesus comissionou os doze
primeiros apóstolos (veja Personagens bíblicos para uma lista dos Doze) e eles
continuaram fazendo o mesmo, impondo as mãos sobre os líderes subseqüentes da
Igreja para ordená-los (comissioná-los) ao ministério. Desta forma, os
católicos traçam uma linha sucessória de seus líderes em ligação com os
primeiros doze apóstolos. Uma crença característica dos católicos é a de que o
Papa tem uma autoridade que pode ser ligada diretamente àquela que teria sido
concedida ao apóstolo Pedro. Há alguns pequenos grupos cismáticos dentro da fé
católica, como a Antiga Igreja Católica, que rejeitou a definição de
infalibilidade papal declarada pelo Concílio Vaticano I, e os Anglo-católicos,
anglicanos que afirmam ser o anglicanismo a continuação do catolicismo
histórico e que incorporam muitas crenças e práticas católicas. O catolicismo é
amplamente designado como Catolicismo Romano, mas este título é um reflexo
pouco acurado da organização da fé católica, pois há outros ritos distintos do
rito romano (que compõe a vasta maioria dos fiéis). Estes pequenos grupos são
incluídos no rito oriental (que é composto pelos cristãos orientais que se
diferenciam de sua tradição por se submeterem à autoridade papal). O
catolicismo é uma fé profundamente hierárquica na qual a suprema autoridade
para matérias de fé e prática são de domínio exclusivo do Papa.
Catedral luterana em Helsinque, Finlândia.
Como o protestantismo não representa uma
organização uniforme de fiéis mas sim uma tradição religiosa que se dividiu por
várias vezes, este é regularmente analisado a partir de suas grandes famílias
denominacionais. Cada movimento protestante desenvolveu-se livremente e muitos
se dividiram em função de questões teológicas. Um grande número de movimentos,
por exemplo, teve origem a partir de avivamentos religiosos, como foi o caso do
Metodismo e do Pentecostalismo. Temas doutrinários e questões de consciência
também têm dividido os protestantes. A tradição Anabatista, composta dos Amish
e dos Menonitas, rejeitou as doutrinas católica e luterana do batismo infantil;
esta tradição é, também, reconhecida pela defesa intransigente do pacifismo. O
grau de aceitação mútua entre denominações e movimentos varia, mas tem crescido
muito em função do movimento ecumênico no século XX e do surgimento de
organizações cristãs como o Concílio Mundial de Igrejas. A teologia protestante
para cada denominação geralmente é definida por concílios eclesiásticos locais.
No final do século XX surgiu também o chamado Movimento de Convergência, de
origem evangélica, que apelou ao regresso dos evangélicos às origens históricas
da Igreja. Daqui surgiram novas denominações que, por via da Sucessão
Apostólica e adoptando uma estrutura episcopal, se entroncaram no Cristianismo
Histórico. Em vez de ser mais ummovimento de separação tornou-se ummovimento de
aglutinação do qual surgiram Igrejas como a Igreja Católica Apostólica
Carismática da International Communion of the Charismatic Episcopal Church e a
Comunhão Internacional das Igrejas Episcopais Evangélicas.
Grupos orientaisl
No mundo oriental, a maior organização de
fiéis pertence à Igreja Ortodoxa. Ela também crê que é a continuação da Igreja
cristã original estabelecida por Jesus. De acordo com a compreensão oriental da
primazia papal, o bispo de Roma foi o primeiro em honra entre os bispos, mas
não possuía nenhuma autoridade direta sobre outras dioceses que não fossem a
sua. Conseqüentemente, cada Igreja em comunhão com a Igreja Ortodoxa é
autocéfala, e é responsável internamente por questões de fé e prática. Hoje em
dia, o Patriarca de Constantinopla (modernamente Istambul, na Turquia) é
conhecido como o Patriarca Ecumênico, e sustenta o título de honra entre os
outros bispos (primus inter pares). Junto às quatro igrejas mais antigas, há
aproximadamente dez outras igrejas mais ou menos organizadas em linhas
nacionais (há alguma controvérsia sobre se a Igreja Ortodoxa na América é ou
não autocéfala). A maior delas, e a maior de todas as igrejas ortodoxas, é a
Igreja Ortodoxa Russa. Existem, hoje em dia, alguns pequenos cismas com grupos
e igrejas nacionais que não mantêm comunhão com outras igrejas ortodoxas (como
é o caso da Igreja Ortodoxa da Macedônia e da Igreja Ortodoxa de Montenegro).
As Igrejas não-Calcedonianas (“monofisitas”),
organizam-se de uma maneira similar, com seis grupos nacionais autocéfalos e
duas organizações autônomas. Embora a região das modernas Etiópia e Eritréia
mantenha um forte grupo de ortodoxos não-calcedonianos desde a infância do
cristianismo, tais locais só alcançaram a autocefalia em 1959 e 1998,
respectivamente. Como este grupos são um tanto quanto obscuros no Ocidente, a
literatura sobre eles inclui, algumas vezes, a Igreja Assíria do Oriente como
parte das Igrejas não-calcedonianas, mas os assírios mantêm independência
teológica, cultural e eclesiástica em relação às outras igrejas cristãs desde
431.
Esta Igreja "nestoriana" é
administrada segundo um modelo hierárquico não muito diferente do dos
católicos, e o líder eclesiástico máximo é o Patriarca Catholicos da Babilônia,
atualmente HH Mar Dinkha IV. Em virtude da perseguição religiosa, a sede
principal da Igreja se encontra em Chicago, Illinois, ao invés da Assíria
(norte do Iraque e parte do Irã). Alguns fiéis, entretanto, permanecem no
Oriente Médio, e uma pequena congregação ainda existe devido aos esforços
missionários na China, durante os séculos VII e VIII. O curioso é que, mesmo
dentro deste pequeno grupo, há um Catholicos (Patriarca) rival na Califórnia.
Outras denominações cristãs
Apesar de ser difícil estabelecer uma
definição precisa do que é a corrente principal do cristianismo, há alguns
grupos que caminharam para além daquilo que popularmente é definido como uma
organização cristã, compartilhando, no entanto, alguma conexão histórica com a
comunidade mais ampla de cristãos.
Considerando esta diversidade, torna-se quase
impossível definir o que é o cristianismo sem incorrer em dois extremos: ou
rejeitar todas as definições, ou adotar uma definição como autoritativa e,
assim, rejeitar as outras. Em termos de objetividade científica, ambas as
opções são consideradas problemáticas.
O cristianismo, mesmo em sua infância,
enquanto seita judaica, sempre rejeitou uma definição étnica. Ele foi concebido
e cresceu como uma religião internacional com ambições globais, espalhando-se
rapidamente da Judeia para nações e povos de todo o mundo. Mais do que o
caráter étnico, são as doutrinas que definem essencialmente o cristianismo – mesmo
quando grupos étnicos mantêm-se cristãos por gerações inteiras.
Pontos distintos de doutrina podem variar
desde um pequeno número de proposições simples até uma quantidade numerosa de
elementos, dependendo de cada grupo. Alguns grupos são relativamente estáticos,
enquanto outros mudaram dramaticamente suas definições ao correr do tempo. Como
exemplo, antes do Iluminismo, mestres cristãos que negassem a doutrina da
Santíssima Trindade (dogma amplamente sustentado, tratando das relações entre
Deus Pai, Deus Filho e o Espírito Santo, formulado, a nível terminológico, a
partir de passagens do Novo Testamento ao longo dos quatro primeiros séculos da
era cristã) seriam expulsos de suas igrejas e, em alguns casos, exilados ou
mesmo destituídos da proteção da lei. Actualmente, algumas tradições de fé
reivindicam não ser descendentes de nenhum dos grupos históricos, mas não
deixam de se considerar cristãos na sua essência.
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias (também conhecida como Mórmon), por exemplo, entende a Santíssima
Trindade de forma diferente: para eles, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são
seres distintos entre si. Esta denominação é algumas vezes agrupada entre as
igrejas protestantes, embora não se caracterize a si mesma como tal 1 2 . Sua
origem, durante o Segundo Grande Despertamento, foi paralela ao surgimento de
inúmeras outras religiões norte-americanas, incluindo os Adventistas e o movimento
de restauração.
Quanto às Testemunhas de Jeová, embora afirmem
ser cristãs, também não se consideram parte do protestantismo apesar de alguns
críticos as tentarem assim catalogar. Seus adeptos crêem que praticam o
cristianismo primitivo e que não são fundamentalistas no sentido em que o termo
é comumente usado, mas sim rigorosos no cumprimento do Cristianismo. Aceitam a
Jesus como criatura, de natureza divina, seu líder e resgatador, rejeitando a
crença na Trindade e ensinando que Cristo é o filho do único Deus Todo
Poderoso, Jeová bem como acreditam que o Espírito Santo é a força ativa de
Deus, Jeová.
Outros movimentos deram origem ao
Unitarianismo, que renunciou formalmente às suas origens cristãs em 1961 e
existe como uma organização religiosa separada. Apesar de sua virtual abstenção
de qualquer doutrina formal, no entanto, há unitarianos que se auto-identificam
como cristãos, apesar de serem uma minoria.
Embora a Igreja Adventista do Sétimo Dia
tivesse em seu seio pessoas que tinham reservas com a doutrina da trindade,
esta fazia parte dos ensinos dela desde seus primórdios, apesar de alguns
declararem que 1980 a Igreja Adventista do Sétimo Dia alterou suas crenças
fundamentais adicionando a doutrina da Santíssima Trindade como uma crença
básica. A existência da doutrina da trindade entre os Adventistas pode ser
visto em diversos documentos antigos dessa denominação inclusive em o desejado
de todas as nações p. 593 onde a profetisa dessa igreja identificando a
divindade do Espírito Santo diz: "Ao pecado só se poderia resistir e
vencer por meio da poderosa operação da terceira pessoa da Trindade,a qual
viria, não com energia modificada, mas na plenitude do divino poder 3 Essa
doutrina era muito combatida por alguns pioneiros fundadores dessa denominação.
Porém a mais preminente dente seus fundadores ainda em 1870 escreveu "O
Pai, então, fez saber, que era ordenado
por Ele mesmo que Cristo, Seu Filho, deveria ser igual a Ele mesmo. Assim, onde
quer que estivesse a presença de Seu Filho, esta era como Sua própria presença.
A palavra do Filho devia ser obedecida tão prontamente como a palavra do
Pai" 4 Ainda sobre a divindade de Cristo a mesma autora escreveu "O
Redentor do mundo era igual a Deus. Sua autoridade era a autoridade de Deus.
Ele declarou que não tinha existência separada do Pai. A autoridade com a qual
falou e operou milagres era expressamente
sua mesma, no entanto ele assegura-nos que ele e o Pai são um".5
Não-categorizados[editar | editar
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Algumas denominações que surgiram em meio à
tradição cristã ocidental consideram-se cristãs, mas não católicas e nem
totalmente protestantes, como é o caso da Sociedade Religiosa dos Amigos (ou
Quacres). O Quaquerismo começou como um movimento cristão de caráter evangélico
e místico na Inglaterra do século XVII, dispensando sacerdotes e todos os
sacramentos anglicanos e católicos de seu culto. Assim como os menonitas, os
quacres são tradicionalmente contrários a qualquer forma de violência, como a
participação em guerras.
Início das principais denominações cristãs
professas
O Cristianismo foi fundado por Jesus de
Nazaré, reconhecido pelos seus seguidores como o Messias ou Cristo, durante um
período de cerca de três anos e meio, entre os anos 29 e 33 do Século I. As
suas idéias e doutrinas foram assimiladas pelos seus principais seguidores, ou
apóstolos, e largamente difundidas durante as primeiras décadas após a sua
morte, sendo criadas comunidades de cristãos, ou seguidores de Cristo, em
praticamente todas as cidades do Império Romano.
As comunidades cristãs orientais, chamadas de
Igreja Católica Ortodoxa e ocidentais chamadas de Igreja Católica Romana se
desenvolveram de uma maneira relativamente independente ao longo dos séculos,
entrando principalmente em conflito a partir do século IX devido à validade do
Quarto Concílio de Constantinopla6 e se separando definitivamente com o cisma
de 1054. A partir do século XVI, foram criadas outras igrejas que, ao contrário
da Igreja Ortodoxa, que crê em vários dogmas católicos, protestavam contra
eles. São as igrejas protestantes. E, a partir do século XIX, começa uma
seqüência de cismas, dentro das igrejas reformadas: são criadas as chamadas
igrejas pentecostais, que crêem em vários fenômenos que são atribuídos ao
Espírito Santo. Na tabela abaixo apresentam-se alguns dados sobre algumas das
denominações cristãs professas que existem actualmente:
Denominação Fundador ou personagens influentes Ano de origem Local de origem
Igreja Católica Romana Lista dos Papas7 8 Século I 9 10 11 12 Roma 7 8
13
Igreja Católica Ortodoxa Patriarcado Ecumênico de Constantinopla14 Século I 9 10 11 12 Constantinopla, (actual Istambul, Turquia) 14 15
Igrejas não-calcedonianas 45116 Médio Oriente e Egipto
Protestantismo Martinho Luteronota 1 151717 Alemanha
Anabatistas Georg Blaurock, Conrad Grebel e Félix
Manznota 2 18 152519 Suíça
Luteranismonota 3 Martinho Lutero 153020 Alemanha
Anglicanismo Henrique VIII de Inglaterra21 153422 Inglaterra
Calvinismo (Igreja
Reformada) João Calvino 1541 Suíça
Igreja Menonita
(Anabatistas) Menno Simons23 155023 Países
Baixos
Presbiterianismo John Knox 1567 Escócia
Congregacionalismo Richard Fytz 1567 Escócia
Batistas John Smyth, Thomas Helwysnota 4 1609 Países
Baixos
Sociedade dos Amigos
(Quaker) George Fox 1652 Inglaterra
Igreja Menonita Amish Jacob Amman 1693 Suíça
Metodismo John Wesley 1730 Inglaterra
Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias (Mórmon) Joseph
Smith Jr. 1830 Estados Unidos
Adventismo William Miller 1831 Estados Unidos
Igreja Adventista Tiago White 1844 Estados Unidos
Cristadelfianos John Thomas c. 1840/1850 Estados
Unidos
Exército de Salvação William Booth, Catherine Booth 1865 Inglaterra
Ciência Cristã Mary Baker Eddy 1866 Estados Unidos
Testemunhas de Jeová Charles Taze Russell 1879 Estados
Unidos
Igreja Presbiteriana
Independente Eduardo Carlos
Pereira 1903 Brasil
Pentecostalismo William Seymour 1906 Estados Unidos
Cristianismo Rosacruz Max Heindel 1909 Alemanha e Estados
Unidos
Congregação Cristã Louis Francescon 1910 Brasil e Estados
Unidos
Assembleia de Deus
(Brasil) Gunnar Vingren e Daniel
Berg 1911 Brasil e Estados Unidos
Assembleias de Deus
Americas Vários pastores 1914 Hot
Spings,Estados Unidos
Igreja do Evangelho
Quadrangular Aimee Semple
McPherson 1923 Los Angeles (Estados Unidos)
Igreja Universal do Reino
de Deus Edir Macedo Bezerra 1977 Brasil
Igreja Maná Jorge Tadeu 1984 Portugal
Lutero é
considerado o fundador por ter sido
dele o primeiro acto real a favor a mudança. Os três são considerados fundadores por terem
sido eles os primeiros líderes da reforma a receberem o baptismo por imersão e
pregarem que assim deveria ser feito Apesar de ser considerado "pai do
protestantismo", Lutero tinha ideias que mais tarde se desviaram a ideia
de outros líderes, por isso deu-se a criação do, depois assim chamado,
Luteranismo.Muitos batistas os tem por líderes mas não fundadores.
FONTE WIKIPEDIA